É verdade que a mudança mais perceptível no design ficou restrita ao conjunto ótico. "Preferimos preservar o que estava funcionando no antigo modelo, inclusive o estilo, para tornar o novo A6 um carro mais eficiente e moderno", diz o alemão Siegfried Grasser, gerente de vendas da Audi para o Brasil, baseado em Ingolstadt. Por esse princípio, a grade opulenta que se tornou uma assinatura dos modelos da marca continua lá, firme. Mas ganhou a companhia da nova tendência de faróis trapezoidais com leds (como aqueles que adornam o A8 e o A7) e um capô mais curto. Também foram redesenhadas as lanternas traseiras, agora com formas em alto relevo.
A carroceria está 2 cm mais curta, mas conseguiu a proeza de ganhar 7 cm no entre-eixos. Melhor para os passageiros de trás, que viajam ainda mais confortáveis. Com a vantagem de ter herdado em seu interior soluções e equipamentos antes exclusivos dos carros mais luxuosos da marca. Como no A8, a partida é dada apertando-se um botão de ignição, com a chave no bolso. O painel lembra o do A7, o desenho da alavanca do câmbio e a disposição dos instrumentos no quadro remetem outra vez ao A8. Porém o novo estilo sacrificou ligeiramente o porta-malas, com 530 litros, 15 litros a menos que o do anterior.
Outra herança dos dois modelos mais sofisticados, a direção do A6 agora tem assistência elétrica e o piloto automático apresenta regulagem de distância do veículo à frente. As novidades o tornaram um carro mais preciso para guiar, mesmo com o pé cravado no acelerador e o ponteiro do velocímetro acima dos 200 km/h, como pudemos conferir num trecho sem limite de velocidade das estradas alemãs. Um opcional disponível no modelo avaliado é a suspensão adaptativa, que permite mudar a altura da carroceria em até 4 cm. Ou seja, oscila de uma posição mais baixa e esportiva a outra mais alta, que favorece o conforto.
Como parte do seu processo de evolução, o A6 a gasolina, topo de linha, agora é embalado por um motor V6 com 300 cv, com compressor mecânico e injeção direta, além do câmbio automatizado S-Tronic de sete marchas e dupla embreagem. São apenas 10 cv a mais que o anterior, mas as aparências, ou melhor, os números enganam. O A6 renovado vai de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos (0,6 mais rápido que o antigo), já que ganhou em torque (44,8 contra 42,8 mkgf), apesar de estar 10% mais econômico no consumo urbano e 14% no rodoviário.
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